
Onde Tudo Começou
Desmembrada de Itaperuna em 07 de março de 1962
Fundada em 1832 pelos 3 Josés: José Ferreira Cezar, José Bastos Pinto e José Garcia Pereira – parentes de Constantino Pinto, protetor dos índios Puris de São Paulo do Muriaé. Partiram de Muriaé, rio abaixo, em busca de ouro e pesca, e encontraram uma laje que quase estrangulava o rio. Pararam nessa laje, a fim de prepararem a primeira refeição do dia.
Seguiram, depois abaixo, para o local em que José Ferreira Cezar pretendia fundar a primeira fazenda, “o Angola”. Em chegando ao sítio indicado, e ao disporem os trens da cozinha, em condição de efetuarem a refeição segunda do dia, deram falta de um determinado utensílio... Procuraram que procuraram, até que alguém se lembrou que determinada peça tinha ficado na laje... E esse acidente topográfico passou a dar o nome a toda região.
Algum tempo depois, José Ferreira Cezar abriu mão das terras do Angola, partindo para as nascentes do Ribeirão do Campo, quando achou as barras de cinco córregos, local esse ideal para a fundação da sua fazenda, que passou a se chamar “Fazenda das 5 Barras”. Por seu turno, José Garcia Pereira, fundava a “Fazenda do Tanque”, a qual recebia tal nome por Ter ele feito barrar o Ribeirão da Serra, dando origem ao açude que recebeu aquele nome: “Tanque”.
Nesse tempo, isto é, já em 1840, teve origem o estabelecimento do ciclo do café. Isto é, o café invadiu o Norte-Fluminense, descendo de Minas e entrando pelo Poço Fundo. São estas as palavras do Visconde de Taunay: “Por 1840, já o café se havia até mesmo em municípios da zona da mata, que ficam mais para o interior”.
A Laje permanecia, então, à zona da mata, isto é, a zona da mata descia o Rio Muriaé, até a Serra de São Domingos, a qual servia de limite “entre as terras altas de Minas e as terras baixas da Baixada Campista”.
Pertencendo a Baixada Campista, Laje foi politicamente anexada a São Fidelis de Sigmaringa, onde pertenceu até 1872, quando passou a pertencer a Santo Antonio de Pádua. Desligou-se de Pádua em 1887, para fundar São José de Avaí, que passou a ser, então, Itaperuna.
Desmembrada de Itaperuna em 07 de março de 1962, pela Lei 5045, para constituir-se no atual município.
Emancipação de Laje do Muriaé:
Finalmente em 1962, Laje foi desmembrada do Município de Itaperuna. O Comitê Pro-Emancipação foi presidido pelo meritíssimo Juiz Dr. Ronaldo de Souza. O resultado do comitê foi o seguinte:
Número de eleitores inscritos – 1498
Eleitores que fizeram uso do voto – 1021
Voltaram a favor da emancipação – 1014
Votaram contra a emancipação – 02
Votos em branco -05.
Lei n.º 5.045, de 07 de março de 1962, projeto no 62/62: Art. 1º -, Fica criado o. município de Laje do Muriaé, com sede na atual vila do mesmo nome e constituído pelo território do atual distrito de igual nome, desmembrado do município de Itaperuna.
O território do município de Laje do Muriaé compreende-se dentro dos seguintes limites: ao norte, com Comendador Venâncio (5º distrito de Itaperuna); ao sul com o município de Miracema; a leste com Retiro do Muriaé (6º distrito de Itaperuna) e a oeste, com o Estado de Minas Gerais medindo sua superfície (duzentos e quinze quilômetros quadrados) 215 km2.